Você sabe como funciona a smart grid? Já ouviu falar nesse conceito? Temática recente no Brasil, a ideia de rede elétrica inteligente vem ganhando força ao redor do mundo e é baseada em dois pontos-chave: inteligência e sustentabilidade. Sua proposta é trazer medidores mais modernos e monitoramento de consumo energético em tempo real.
Dessa forma, perde-se o mínimo possível de energia ao longo do processo de distribuição nas redes. Em termos mais futuristas, a sua casa poderá até mesmo se relacionar diretamente com a empresa geradora de energia, inclusive fornecendo eletricidade para ela. Para entender melhor como isso funciona, acompanhe a leitura e surpreenda-se com essa proposta!
Conceito e funcionamento da smart grid
Muitos especialistas consideram arcaica a maneira como a distribuição de energia elétrica é feita hoje em dia no Brasil. Afinal, todos nós dependemos de uma única fonte geradora. Nesse sentido, toda a rede ficará desabastecida caso ela falhe. É a partir dessa problemática que transita a lógica da smart grid.
A tecnologia visa aumentar a eficiência energética e a funcionalidade de distribuição dos sistemas elétricos de forma segura, inteligente e sustentável. Isso só é possível graças ao alto nível tecnológico que há por trás do conceito da rede elétrica inteligente, dotado de recursos da Tecnologia da Informação (TI) e da Automação.
Com medidores mais informativos e modelos de distribuição eficientes, o consumidor final passa a ser um dos beneficiários diretos desse sistema. Assim, ele poderá economizar na conta de energia, ficando por dentro do consumo energético de cada aparelho da residência e ponderando sobre a necessidade de uma reforma elétrica.
Nessa proposta, o fluxo de energia se daria em um esquema bidirecional. Isto é, a energia gerada de forma convencional — transmitida e distribuída a partir de instalações das concessionárias — vai poder ser integrada, também, às redes elétricas de unidades consumidoras. Em termos mais práticos, o consumidor, além de usar a energia, poderá fornecê-la à rede.
Funcionaria assim: sensores instalados nas redes elétricas enviariam dados relativos à utilização de energia diretamente da unidade consumidora para a concessionária. Tais sensores passariam a alimentar os sistemas comerciais e técnicos dessa última, permitindo um planejamento mais efetivo e eficaz da rede.
Além disso, ela estaria melhor preparada para reduzir ao máximo as ocorrências de falta de energia e a duração desses incidentes. A partir dos medidores inteligentes, os consumidores poderiam interagir com a concessionária em tempo real. Isso permitiria acompanhar de perto como a energia é utilizada nas instalações da casa, possibilitando um consumo mais consciente e ecológico.
Vantagens da rede elétrica inteligente
A partir da descrição do conceito da smart grid, já foi possível evidenciar alguns benefícios do sistema, que podem ser assim resumidos:
- mais estabilidade e segurança do sistema;
- participação ativa dos consumidores;
- integração dos setores descentralizados à rede;
- possibilidade de monitoramento remoto.
Em seguida, vamos explicar em detalhes porque é vantajoso investir na rede elétrica inteligente. Acompanhe!
Torna o sistema mais eficiente
Com padrão inovador e de alta tecnologia, a smart grid atuaria de modo a ampliar substancialmente a sua eficiência operacional do sistema, contando com formas mais funcionais de distribuição. O objetivo é perder o mínimo de energia ao longo do processo de transmissão, o que anda lado a lado com as preocupações ambientais.
Dessa maneira, seria possível suprir todas as necessidades energéticas de uma sociedade moderna sem abrir mão do desenvolvimento sustentável e garantindo a o uso consciente das fontes de energia. Dessa forma, podemos dizer que a proposta fundamental da rede elétrica inteligente é justamente produzir mais — e melhor — com menos consumo de recursos.
Reduz custos de energia elétrica
É possível afirmar que o coração de uma smart grid são os medidores eletrônicos inteligentes, que apresentam muito mais funcionalidades do que os convencionais. Além da possibilidade de monitoramento remoto — uma tecnologia altamente moderna — também será possível receber alarmes e notificações em tempo real acerca do funcionamento do sistema.
Sem falar que o medidor informativo permitirá identificar o gasto energético de todas as instalações da residência. Assim, ficará muito fácil saber quais aparelhos estão “roubando” energia. Isso, mais um consumo consciente, contribui para uma boa diferença no bolso — a conta de luz ficará consideravelmente mais barata, cerca de 20% em relação aos métodos convencionais de distribuição de energia.
Tem caráter sustentável
Como dissemos no início do post, a sustentabilidade é um dos pontos-chave quando falamos do conceito de smart grid, até porque são excelentes facilitadoras da disseminação de fontes renováveis de energia. Sabendo da importância do desenvolvimento sustentável em meio à sociedade do século XXI, o incentivo à proposta de rede elétrica inteligente é crucial.
Além de preservar os recursos do planeta e fomentar uma consciência mais ecológica, outra vantagem é que a distribuição de energia em uma smart grid permite reduzir consideravelmente as emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa. Esse é um problema que está relacionado ao sistema elétrico tradicional brasileiro.
Sem falar nas perdas energéticas durante o processo de distribuição convencional, que também passariam a ser contidas. Inclusive, esse é o principal foco do apelo ambiental da rede inteligente — em comparação ao fomento das fontes renováveis — já que ainda há alguns entraves relacionados à produção de energia de forma alternativa no Brasil, como o alto custo do investimento.
Beneficia a todos os envolvidos
Não é só o consumidor final que sai ganhando com essa nova arquitetura de distribuição de energia. O sistema é vantajoso para todos os usuários integrados à rede: concessionárias, governo e consumidores. A seguir, fizemos uma síntese dessas vantagens para que você entenda de que maneira cada um dos setores pode se beneficiar da smart grid.
Concessionárias:
- maior eficiência operacional;
- redução de perdas energéticas;
- transformação empresarial;
- desenvolvimento sustentável;
- otimização de investimentos;
- proposição de parcerias;
- aumento de confiabilidade;
- melhor relacionamento com o cliente.
Governos e reguladores:
- redução de custos operacionais;
- promoção da modicidade tarifária;
- implementação de novos planos tarifários;
- aumento na qualidade de geração e distribuição de energia.
Clientes consumidores:
- redução de custos na conta de energia elétrica;
- aumento da eficiência energética residencial;
- acesso a novas fontes de energia;
- proposta de arquitetura sustentável para a residência.
Outras partes interessadas:
- desenvolvimento da pesquisa científico-acadêmica;
- desenvolvimento da cadeia produtiva;
- desenvolvimento sustentável;
- geração de empregos.
Com este post, evidenciamos o potencial tecnológico de uma rede elétrica inteligente a partir da explicação desse conceito e de como funciona a smart grid. Sobretudo na era da sustentabilidade em que vivemos, pensar em alternativas de consumo mais consciente é um grande passo em busca de uma sociedade onde preservação, tecnologia e eficiência caminhem juntos.
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