12 mitos e verdades sobre obras residenciais

por | 06/07/2017

Construir é uma ciência. E, como toda ciência, sua existência é permeada por muitos mitos e muitas verdades. É correto adquirir material sobressalente? O mestre-de-obras resolve qualquer problema? Pintar ou revestir a cozinha influi na minha saúde?

O que você acha?

Para analisar esses e outros fatos sobre obras e reformas residenciais, construímos este post separando o que é mito e o que é verdade. Interessado? Então, continue a leitura e descubra!

Mitos e verdades sobre obras residenciais

1. “Paredes mais grossas são mais resistentes”

Mito. A espessura da parede não é, necessariamente, indicador de força ou firmeza. Na verdade, o que garante a resistência de uma parede é uma soma de fatores, que incluem: sua densidade, o material utilizado na construção, a altura do construto, entre outras parcelas.

Assim, sejam feitas de tijolos ou de gesso, paredes espessas não significam resistência.

2. “Algumas paredes de uma residência não podem ser derrubadas”

Verdade. Algumas paredes — mais comumente em construções antigas — fazem parte da estrutura do imóvel, visto que exercem também a função de sustentação ou apoio, ou seja, suportam o peso estrutural da construção. Justamente por isso, não devem ser demolidas.

Já nos imóveis sustentados com pilares e vigas, as paredes geralmente atuam na composição como divisória de ambiente, possibilitando demolí-las sem maiores problemas. Ainda assim, deve haver muita atenção quanto à eventual passagem de tubulação hidráulica e fiação elétrica por elas.

3. “É aconselhável comprar pisos e revestimento com sobras”

Verdade. O manuseio dos materiais para instalação é um processo cuidadoso, do qual alguma peça pode eventualmente sair danificada. Por isso, é necessário comprá-los com folgas.

A tonalidade dos pisos e revestimentos é outro fator considerado ao comprar esse tipo de material. Tendo em vista o processo de fabricação das peças, é natural que cada fornada tenha sua tonalidade própria, Quando urgir a necessidade de um reparo futuro, o acréscimo de material evita dores de cabeça.

Ademais, é muito comum revestimentos e acabamentos saírem de linha com o passar dos anos. Uma margem adicional de 10% a 15% é uma super-recomendação!

4. “Ter um bom mestre de obras é o suficiente”

Mito. O mestre de obras é o profissional que tem a função de fiscalizar e supervisionar a obra desde o início até a sua conclusão. Cabe a ele, portanto, conhecer todas as etapas da obra, os materiais que devem ser utilizados e se os mesmos estão aplicados corretamente.

Daí percebemos o papel importantíssimo desse trabalhador numa obra residencial. Porém, assim como um bom maestro não garante o sucesso de um concerto musical sozinho, o mestre de obras é apenas mais um ator envolvido no projeto.

Sendo assim, antes de realizar cortes na equipe com objetivo de baratear o orçamento, analise as reais atuações de cada profissional, pois sobrecarregar o mestre de obras com atividades demais pode gerar imprevistos e atrapalhar o andamento do cronograma.

5. “Trincas e rachaduras são consertadas com reparos simples”

Mito. Trincas e rachaduras podem se relacionar com problemas estruturais bem sérios da construção e até infiltrações. Por isso, necessitam de uma análise profissional mais aprofundada.

De fato, existem, sim, rachaduras mais superficiais, que se localizam no nível da tinta e argamassa. No entanto, somente o profissional qualificado poderá afirmar em que níveis se encontram essas imperfeições.

6. “A tubulação de uma construção custa cerca de 3% da obra”

Verdade. Comparado aos demais custos de materiais de construção, o investimento em tubulações é bem menor. Dessa forma, os profissionais aconselham o investimento em material de qualidade, prevenindo-se contra gastos extras e retrabalho.

7. “Pintar as paredes da cozinha é anti-higiênico”

Mito. A opção entre revestir ou pintar as paredes da cozinha nada tem à ver com higiene. Aplicar um revestimento na cozinha poderá até facilitar o processo de limpeza, mas essa alternativa requer um investimento financeiro maior.

Atualmente, existem opções de tintas que suportam produtos de limpeza, possibilitando a redução dos custos da reforma. Uma boa escolha para quem busca economia. Se preferir, conjugue o melhor dos dois mundos, revestindo uma das paredes (a mais próxima do forno/fogão) e pintando as demais.

8. “Não precisa se preocupar com descarte de material”

Mito. Inclusive, o cidadão deve ficar atento, pois existem multas e sansões para quem não se importa em descartar o material de obras seguindo a legislação. Atualmente, existe até uma legislação específica para isso.

As prefeituras têm suas regras próprias e, para conhecê-las, basta entrar em contato com a da sua cidade. Tais regras — é bom destacar — valem para qualquer tipo de obra ou reforma, seja ela grande ou pequena.

9. “Papel de parede mofa”

Mito. Quando optamos por aplicar um papel de parede, devemos pensar, em primeiro lugar, sobre o local no qual ele será instalado.

Grosso modo, a superfície deve ser livre de umidade e pintada. Para locais onde existe umidade, como banheiros e cozinhas, o papel de parede vinílico é o mais indicado, visto que resiste mais a ambientes desse tipo.

Quando o mofo surge em um papel de parede normal ,a parede na qual ele foi aplicado deve ser verificada —  certamente, deve haver um ponto de umidade ou infiltração.

10. “Lâmpadas de LED economizam bastante energia elétrica”

Verdade. Apesar de exigirem um investimento inicial maior que as demais, as lâmpadas de LED gastam cerca de 80% menos energia elétrica quando comparadas aos outros tipos.

11. “A alvenaria estrutural não é adaptável aos novos modelos de prédio”

Mito. Existe uma crença de que a alvenaria conhecida por estrutural deve ser “quadrada” e sem volume. Mas engana-se quem pensa dessa forma. 

Esse sistema de blocos de concreto permite, sim, outros formatos, como os circulares, os edifícios em Y, em cruz, retangulares etc. Na verdade, por ser tratar de um sistema industrializado, torna-se bem mais fácil manter as paredes alinhadas e niveladas.

12. “A inclinação do tubo de esgoto acentuada impede entupimentos”

Mito. Apesar de algumas pessoas acreditarem nessa afirmação, ela deve ser desmistificada, visto que, quando o tubo se inclina muito, a parte líquida até escoa normalmente para o esgoto, mas os resíduos sólidos acabam se acumulando e provocando entupimentos.

Segundo a norma NBR 8160 — que trata justamente de sistemas prediais de esgoto sanitário — essa inclinação deve ser de 1% a 3% de metro linear.

São muitos mitos e verdades, não é mesmo? Por isso, e para cercar-se de todos os cuidados, é fundamental contar com serviços de profissionais devidamente especializados e capacitados!

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